CUIDADO
Não permita Deus, que eu morra sem que eu volte para lá, lá onde o rio se curva, e volta pro mesmo lugar. Lá onde a relva é mais verde, e a lua é musa de todos, em nenhum canto do mundo, ela renasce de novo. Aqui é tão direferete! Nova, ou sem nem uma luz, cheia, inteira, no altar, a noiva tão caprichosa, a mais bonita do lugar. Noiva que já tem guardados, redes, crochês, e o perfume, água de cheiro, alecrim, beijos, carícias e ciume. Aqui eu sou tão ausente! Redes tecida no dia, que é prá de noite dormir, ao lado do amor que ama, e que de novo amaria. Lado direito da rua, a quarta casa é a sua, não permita Deus que eu corra, senão não verei a lua. Dá uma saudade na gente! Impetuosa, no tempo, que é de ficar assim, o luar quando está cheio, ilumina todo o capim. Capim, relva pisoteada, pelo gado que rumina, o que comeu no outro dia, e mastiga de magrugada. Aqui eu estou reticente! Não permita Deus, que eu morra, sem que ainda cheque lá, ver o céu cheio de estrelas, não deixe que o tempo corra. Ninguém vai me vê contente.
naeno:apanhado
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