domingo, setembro 17, 2006




TEMPORAL

Deixo o cinema prá depois,
o tempo não vale a dois,
e tenho vale por um
e tenho por caridade,
um tempinho, quase nada,
prá encontrar o meu amor.

Vou deixar prá outro dia,
o que tinha já acertado,
na esquina sempre é perigo,
pode vir desgovernado,
um carro, um país ingeiro,
e é por isso que vou ligeiro,
cortando estradas, medo danado.

Deixarei-me mesmo em casa,
meu bem se me queira ver,
que venha, por que ela voa,
e eu não aprendi ainda,
a ser como as borboletas,
que todos vêm delicada,
não sabem é que minha amada,
caminha até nas estrelas.

Por isso largo do medo,
por isso fico esperando,
lendo um jornal passado,
que tanto faz, e em ingês.
por isso é que deixei apessa,
de querer abraçar o mundo,
o cinema, o meu amor,
hão de saber de um Raimundo,
detido por conta própria,
detro do seu armário,
sei que alguém que chegue,
culpará mesmo só o mundo
.
naeno:89

Um comentário:

Thelma disse...

Naeno, que lindo blog! Tanto os poemas como as fotos sao tocantes!!! Parabéns!!! Ficarei tua leitora. Bjs.

TERESINA

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