quarta-feira, janeiro 31, 2007

DIVAGAÇÕES

Ah, esta vida sestroza,
Em que beco me espera,
Do tanto que ela é medrosa,
Não dá um passo sem a escora.
O o esteio dela sou eu,
Veja o disparate a agonia,
Em vez de com ela eu contar
Ela se perde no dia,
De noite eu deixo ela de fora
E morro mas nada dela eu imploro.
Nem que arrede o pé,
Nem que inútil deite,
Num pano que eu largo armado,
Longe da porta do quarto,
Até que o dia amanheça.

Vida tão maliciosa!
Fala pra todos de fora,
Que é ingratidão o que lhe faço,
E nem me pega na mão.
Só que elas tem seus dias,
E eu tenho só, minhas noites,
Isso na vida é tão bom,
Não viver só de açoites.
O dia pra ela é dado,
E a noite pra mim é ludo.
Eu chamo a ela de ausência,
E ela me chama de escuro.

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TERESINA

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