segunda-feira, janeiro 01, 2007

TUDO NADA

Nada não se justifica a existir.
Tudo devia bem que ser tudo.
Nada uma sensação de tudo nada,
Pode ser que haja o desespero,
E quem responderá
Pela administração do nada,
O tudo que falta ,
Pela inexistência até que quem
Saiu levando tudo,
Deixando a precisarem, todos.
Tudo, não haver é perigo
A se correr com o juízo
Quem deliberado, fez,
Tocando-se só, amando a si mesmo.
Nada , absoluto, ausente, todo,
É o risco que corre a alma
Que se vê no escuro,
Que se serve de olhos fechados,
Que permanece calada,
Num frenesi, por si, amando-se quieta,
Varrendo o peito do amor, da esperança,
Levando longe pra outra instância dela,
As luzes, os entes, os pingente,
Os pássaros, os homens,
Que fazem companhia ao que não tem sentido
Lá no longe, onde o tudo ocultou-se,
E ficou o nada, como saudade,
No lugar de tudo.

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TERESINA

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