terça-feira, janeiro 09, 2007

EU E MEU PAI

Quando perdi meu pai
Foi como perder no mundo o meu lugar,
Pois onde Ele estava eu estava,
Cavei com Ele, pra lá das contas
Covas no campo limpo para o arroz.
Selei cavalo, amansei burro,
Queimei com Ele os monturos,
Pra outro fazer no lugar.
Fiz a escolha por ele como Pai,
Herói foi só uma tendência minha,
A admirar tudo o que Ele fez,
Um homem, não um aprendiz, de brincadeiras.
Quando deixei de ver meu Pai
Passei a enxergá-lo muito mais,
Pois tudo o que faço e sinto,
Está ele a dizer baixinho: Quê que é isso rapaz,
E se a vida pensa que O me tirou,
Errou mais uma vez, comigo,
Ela O me deixou.
E mais íntimo, mais cauteloso,
Uma fala que escuto, um coração que perscruto,

E amo, amo demais, essa solidão do meu Pai.

2 comentários:

Anônimo disse...

Naeno, bonita a maneira como você recorda seu pai, esta figura amiga que nos cuida e nos guia, mesmo depois que partem.
Abraço
Genésio

Anônimo disse...

continuamos sempre a aprender com eles, secalhar, ainda mais depois da sua partida...
gostei mto do teu blog, vou voltar em breve para ler nelhor, agora passei so dando uma vista de olhos.
Grande beijinho meu, daqui , do outro lado do mar ;*

TERESINA

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