sexta-feira, agosto 18, 2006

AGONIA



É verão. E é só silêncio que se ouve à frente,
o sol, a furia do fogo é calada,
só os as crateras, a calamidade, vê-se
Ouvir, não se ouve nada,
nem um gemido de um galho ao vento,
Vez que é o tempo da destruição,
As sementes racham,
algumas tentam e brotam,
em seguida de bico prá fora,
como um passarinho, de demorado tempo.
São sinais, aviso de outra estiagem.
Num esforço de instinto,
me recolho à sombra do meu teto e choro
não por mim, que vítma, de não fazer escolha,
mas do que não nasce, ou do que cedo morre,
da insignificância do corpinho dela,
meu amor que antes, tinha um rosto belo,
uma pele rubra, pano aveludado,
bem dissimulado, pros meus olhos vêem.
A sua tristeza, a desola minha alma.
Que faz o verão, e porque demora, o açoite, o estio,
e nossas esperanças já romperam o fio,
calo, e bebo no gargalo um pingo,
o último gole de agua.

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TERESINA

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