quinta-feira, agosto 17, 2006




DIZ

Diz-me amor, do teu amor, que eu quero,
lembra das chuvas dos caminhos úmidos,
dos nossos abraços nesses instantes únicos,
que não mais retornam, a não ser que chovesse,
mas eu olho pro ceu e não vejo nuvens,
meus olhos deságuam mas não molham o chão.
Diz-me eterno amor,
dos nossos abraços quentes, que nos confortavam,
por todo o inverno nos cobríamos um ao outro,
se sentires frio, eu sou teu cobertor,
e pelas horas que miro os teus olhos,
dava prá saber, mesmo que lendo neles,
e se abrirres a boca e algo sussurares,
eu diria, a vida só maltrata a pele,
o coração, o sentimento nele,
permanecem o tempo que ficar a vida,
e nada ao amor fustiga, nem as investidas,
das chuvas, do frio, do calor que queima,
plantações inteiras, queima nossas caras,
e o amor germina de uma semente mínima,
plantada dentro dos nossos corações.
Diz-me amor, amor! por favor.

naeno:170806

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom, seria o amor insistente, que provoca o outro. Trazendo lembranças boas que o outro poderia hver esquecido.

Naeno, tu és l0.

um beijo,

Nica

TERESINA

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