segunda-feira, agosto 21, 2006

RUÍNAS

Ando por dentro da casa,
onde morei, até menino,
o tempo quis me ver outro,
deixei meu quarto pequenino,
o cabritinho branco,
que onde eu andava ele ia,
não precisava chamá-lo,
ele comigo ia, por ei fosse,
se fosse o caso, até os confins do mundo.

Vendo esta casa agora,
que não mais é minha, perdida,
em meio ao mato fechado,
o mato que eu arrancava,
nos dias de São José.
Agora não ficou impossível,
porque pela nossa ausência,
nasceram árvores enormes

delas que nem conheço,
quando saímos já era o começo,
delas se ocuparem,
até meu quarto pequenino
abriga um jatobazeiro,
e por esse tempo em que ando,
não ouço também nem os pássaros,
será que eles passaram.
daui pra outras distâncias.

A casa ainda é acolhedora,
porque entre galhos, folhas,
teto enconstado no chão,
por baixo desses escombros,
me chama meu coração.

naeno:220806


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TERESINA

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