segunda-feira, agosto 28, 2006


BARCAROLA

Lá se vai a barcarola,
por essas águas, moinho,
lá se vai dias a fora,
até bater no destino.
Quando vai a barca, vão,
sempre guiados, na mão,
o rio é sempre descendo,
o peixe sobe o rio não.
Lá sumiu a barca inteira,
naquela curva, que muda,
o rumo turno das águas,
no mesmo rumo, à direita.
Quando some a barcarola,
é que a gente se convence,
sumiram mas aparecem,
quem foi partido, da gente.
Quado encosta aquela barca,
no cais do rio é uma festa,
de se ver chegar, da ida,
os que foram, quando ela atraca
Lá se vem quem foi de alguém,
esquecê-lo na distância,
e já está acabado o amor,
ninguém é mais de ninguém.
Toa vez que esta barquinha,
descamba com a água, a fora
sentimentos no meu peito,
de também eu ir embora.
E toda vez que éla é chegada,
não vejo, tambem a hora,
de ser moço, de noivado,
de ir com meu bem prá fora.
Por que a barca só anda indo,
quase que ela nunca volta,
e é numa volta dessas,
quando ela some à direita,
eu já estarei na espreita,
pulo nágua e atraco a boia.
A barquinha mais demora,
prá ir do que prá voltar,
é que a ida é um alívio,
difícil é de novo chegar,
de onde a gente já partiu,
por querer sair, fugir,
na se vem mais lento,
coração bate mais devagar.
Barcarola, me leva um dia,
que no outro eu voltarei,
eu só ver na ida,´
depois da curda, subida,
quem na vida eu muito amei.

naeno:05

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TERESINA

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