sexta-feira, agosto 25, 2006
















TEMPO SOSSEGO

Prá hoje nada deixei, a fazer,
dei de mim esforços dobrados,
os últimos dias passados,
prá hoje ficar em vão,
estão aqui, já me esperando,
meus convidados, distintos,
as lembranças, livros velhos,
armei na mesa um espelho,
prá me dá conta, todo o hoje,
como estou de resistência,
trabalhei dobrado ontem,
o mesmo fiz semana toda,
prá me reservar o hoje,
prá me enebriar com o ontem.

Hõje não faço nada,
se alguém bater da calçada,
digam-lhe é por lá caminho,
de ele também voltar.
Hoje fico comigo,
a me ocupar do antigo,
eu só vou me ver, sonhar.

Estão aqui meus amores,
carregados, nossas dores,
já cuidei, prá tudo, hoje,
ser de ver o que me chama,
saudades, lembranças, cama,
esta para o descuido,
de eu também deixar chegar,
os meus velhos desenganos.

Hoje, não farei nada,
eu passarei ocupado,
com as vozes do meu passado,
Até o amor que tenho hoje,
se chegar, digam, de novo,
ele hoje está, como digo,
adoeceu e está deitado.

naeno250806

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TERESINA

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