sábado, agosto 19, 2006




TRISTE

É mês de maio,
Um vento vário puxa as nuvens do céu,
Esfria o tempo, bem depois das chuvas,
E eu estou triste.
Se bem que antes mesmo de levantar,
Sentindo a brisa pela fresta da janela,
Se afeiçoando a mim,
Ao me levantar, eu estava triste.
Porque me conduzo, vida afora,
Vendo a mata em flora,
E eu me sinto triste.
Será o estado de comovida a alma.
Vem em tudo belo, antes, ver-me tão triste.
E de onde o aviso que além,
Que não me faz cantar,
Enquanto não sei, meu peito, a cabeça,
Há os que perdem tempo e dizem-me és triste.
Eu os digo que com minha tristeza,
Que parece até que só ela faz-me ver a beleza,
Talvez a tristeza que em mim, já mora,
Enfrentasse-me os olhos, e de sinceridade
Dissesse não quero mais tua companhia,
Não vês que cansei, a ti e a mim,
Admiras-me só, como eu tenho o orgulho
Desses teus amores mutantes no tempo,
Melhor seria nós cultuasse o esquecimento
Como único jeito, de eu sentir tristeza,
E ela me seguisse, por fim, te deixar.

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TERESINA

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