TRISTE É mês de maio, Um vento vário puxa as nuvens do céu, Esfria o tempo, bem depois das chuvas, E eu estou triste. Se bem que antes mesmo de levantar, Sentindo a brisa pela fresta da janela, Se afeiçoando a mim, Ao me levantar, eu estava triste. Porque me conduzo, vida afora, Vendo a mata em flora, E eu me sinto triste. Será o estado de comovida a alma. Vem em tudo belo, antes, ver-me tão triste. E de onde o aviso que além, Que não me faz cantar, Enquanto não sei, meu peito, a cabeça, Há os que perdem tempo e dizem-me és triste. Eu os digo que com minha tristeza, Que parece até que só ela faz-me ver a beleza, Talvez a tristeza que em mim, já mora, Enfrentasse-me os olhos, e de sinceridade Dissesse não quero mais tua companhia, Não vês que cansei, a ti e a mim, Admiras-me só, como eu tenho o orgulho Desses teus amores mutantes no tempo, Melhor seria nós cultuasse o esquecimento Como único jeito, de eu sentir tristeza, E ela me seguisse, por fim, te deixar. |
sábado, agosto 19, 2006
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TERESINA
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