domingo, agosto 20, 2006

DOMINGO


Domingo. Um dia que leva este nome.
Que poderia ser como os outros,
O arrebol,uma promessa, depois, impetuoso, o sol.
Faz frio, calor, faz os efeitos
Dos jeitos que os outros fazem,
Contam pra nossa velhice,

Prá nossa desconstrução,
Em tudo aos outros poderia ser igual,
Mas traz consigo o estigma

Da nostalgia, a incerteza de outros dias.
Parece, de todo o tempo, ser esse dia o mais falso.

Foi num domingo distante,
Que Deus ao fazer, a completude
Do céu, das estrelas, mares,
Vidas, sinas, com bondade,
Foi esse dia escolhido para Criador descansar.
A nós fugiu o descanso,
É ele o dia que para,
Deixando tristonhos amores,
Fazendo-me triste, mais do que já sou.

Hoje uns hibernam e descansam,
Dos dias muito menos cansativos,
Hoje são todos santos, calmos em seus estios,
Passam de terço na mão,
com o legado de Deus posto à mostra,
nas igrejas elas se prostram e se admitem com culpas.

O domingo deixa a gente vulnerável ao perdão,
As canções que ouço, tristes, bem perto, tão longe vão,
Vêem forçadas no vento, não ficam no esquecimento,
As manhãs, as tardes , noites.
A cidade quieta, se espalha, agora mais espaçosa.
Exibe a lembrança e a pressa,
Da noite que não é nada,
E se passa por sobre ela, par fazê-la passar,

Porque os domingos são tristes,
Se forem pra serem normais
Não serão mesmas as pessoas,
Que escolherem entre outros,
O dia para se lamentarem,
E se julgarem, aos seus prazeres,
E também se condenarem,
Fomos nós mesmos que fizemos

Dele um dia malogrado

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TERESINA

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