quarta-feira, agosto 23, 2006


INSONE














INSONE

Quando eu não durmo à noite,
também não calam, em meu ouvido
o troar de sapos coaxando lá fora,
pensamentos mortos que vêm à flora.

Quando eu não durmo a noite,
também não dorme o velho relógio,
que insistentemente, me diz a que horas
estou sem dormir, ai vou lá fora.

Quando eu não durmo à noite,
fora no terreiro, tamb´´em não dormem os sapos,
a coruja atenta, e eu fumo, observo a fumaça espalando
e e se espalha água dos meus olhos chorando.

Quando eu não durmo à noite,
e ouço os queixumes, de minha velha mãe
que já de costume, vai de quarto em quarto,
e blasfema alto quando enxerga um rato.

Quando eu não durmo à noite,
e isto é pouco raro, percebo que o dia
quando vem já é tarde, quase é escuridão,
deito já bem tarde, e já coacha um sapo por traz do oitão.

naeno230806

2 comentários:

Naeno disse...

fernandiando a Pessoa, incomodam-se os mistérios de uma noite insone.

Anônimo disse...

tudo o que não quero prá mim é uma noite quieta, dói-me os ossos, e eu tenho medo.

Maria Helena Baruc.

Prá fazer um comentário é obrigado manter um blogger? Eu vou fazer como anônima, sei nem se aparece.
Gostei muito de tuas poesias.

TERESINA

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