quinta-feira, agosto 03, 2006


CAIS

O cais que Parnaba beija
O rio e o cais são beijados,
as lavadeiras que quaram roupas
panos de todas as cores,
molambos que nada vale.
De vez em quando
um peixe mostra a cara,
a ele falta comida,
comem botões que se solta,
se expoem de corajosos,
não sabem que a fome campeia
tabém do lado de fora.
O rio quando lava o cais,
varre os gravetos largados das árvores,
lava a alma dos desassosegados
pacientes por um leito frio,
a cais a água envelhece,
a água, não, envelhece
dentro das locas dos piaus.

Um comentário:

Anônimo disse...

saudades do meu rio. A visão das lavadeiras, torcendo molambos, é muito forte.
adorei

TERESINA

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