segunda-feira, agosto 07, 2006





CANÇÃO

A flor, que atiraste agora,
quizera trazê-la ao peito,
mas nãohá tempo nem jeito,
adeus, que eu já vou embora.

Sou bailarina do arame,
não tenho mãos para flor,
pergunto, e ao pensar no amor,
como é possível que se ame.

Arame e seda percorro,
no fio do tempo liso,
e nem sei do que preciso,
de tão depressa, que morro.

A flor que atiraste agora,
quizera trzê-la ao peito,
mas não há, tempo nem jeito,
adeus, que eu já vou embora.

Nesse destino a que vim,
tudo é longe tudo é alheio,
bate o coração no meio,
só para marcar o fim

poema de Cecília Meireles musicado por mim - já apresentado à herdeira Maria F. Meireles, através de um cd demo.

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TERESINA

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