O beato se redime em nome do Senhor Jesus,
da insanidade do povo, alma que não reluz
desde menino foi ele o leitor do livro santo
e em tudo parecia ser ele o confortante
das viúvas copiosas, tinha pena, tina dó
dos meninos desgarrados, amparo, amor em po
dos fugidios das guerras que as condenava,
usava de emplastro a dor com olhos de quem amava.
Fora o beato ferido, de bucha, no coraaçaão,
recebeu depois do povo, olhares voltados, vãos,
fora o beato ferido pelo orgulho que passava,
ante seus olhos santos, o que fazia, chorava.
Eram as lágrimas do pretenso santo da boa hora,
a paga que destruia, seu amor, não se ignora.
Era insano, santo foi, beato das caatingas,
comia por onde o desse, bebia pelas cacimbas.
Foi santo, que aclamou, por sua própria remissão,
seus pecados se largaram da boa alma, em unsão.
Colheu pelo seu caminho, gente de todo proceder,
galhordas, macacos, mouros, quem matara por poder.
Acolheu em seu deserto, pecadores de toda laia,
a todos absolveu com poder que lhe Deus deu,
prá satanás tinha desdém, prá ele fazer o bem,
era esporar o diabo, que saia de galope,
Queria o Conselheiro, que a todos dava alforia,
o seu intento, único, errado, era pela monarquia,
não sabia o pobe santo dos planos da confraria,
acabar-se o seu rebanaho, a Ele, a terra fria.
Sabia o conselheiro, que o reino de deus ameaçado,
ruiam igrejas, sumiam, cônegos, e ele os resgatava,
Era um operário do Altísssimo, muito abaixo de Deus Eele,
mas a emboscada dos algozes, covardemente, maiores,
o feriram bem no peito, so lugar onde morava,
seu amor, sua loucura, seus plano de não correr,
morrer, como fez Jesus. Desistiu, parou no meio
do cruzamento de fogo, gritando, vocês não matam,
Antônio, o Penitente, Conselheiro, matam um justo.
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falando em canudos, lembrei de fazer estes versos bestas, diante do que foi, que não sabia quem era Antonio Conselheiro