domingo, outubro 29, 2006
ALIMENTO
É mecessário algo que alimente o meu coração,
não só correntes de sangue que não desembocam,
tampouco as emoções cotidianas, remediadoras,
algo é preciso que eu faça, pra que não caia
em estado de inanição, como se alastra o chão,
de famintos, sequiosos, por um pedaço de pão.
É necessário que dele eu cuide, como dos olhos,
Que sei, em faltando a visão, faltará o mundo,
de mim sairão em correria, todas as alegrias,
caso, em tempo, eu não encontre um alimento,
e comida que o coração gosta é Amor, amor,
misturado com qualquer coisa, até seu reverso,
um desafeto, alguém que se preste, iludi-lo,
até disto ele gosta, põe a mesa e o prato entorna.
Mas o remédio propício, do qual ele já disse,
é um amor, amor escrito assim Amor, amoroso,
extremoso em suas ações de bondade e zelo,
amor que não se cancã, amor que o alcança,
e mora e fica, e amansa, e deita, e dorme, lá,
no leito já preparado, que era pra ele, no caso,
de não encontrar esse Amor, que um dia é dor,
aí ele haverá procurado uma sarna pra se coçar.
Meu coração sente fome! Ta bem vou procurar
o amor que ele diz ressentir-se de sua falta,
agora aonde encontrar, este alimento procurado,
há tantos corações, gentes, querendo, nem sei
por onde começar. Vou terminar por consultar
a mulher que eu mais amo, se nele quer morar.
Seria esta a felicidade completa, meu coração,
Saciado, eu de peito lavado, o amor, só meu.
naeno rocha
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TERESINA
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