CLOROFILA
Preenche meus pulmões um ar tão rarefeito,
que a vida, o tempo escasso ainda não sentiram,
que é por dor, de uma ausência tão comovida,
do verde em tons de verdes vários, do estreito.
Preenche meus pulmões um ar tão rarefeito,
que a vida, o tempo escasso ainda não sentiram,
que é por dor, de uma ausência tão comovida,
do verde em tons de verdes vários, do estreito.
Aonde estão as feras bravas guardiãs das matas,
cadê o desejo do homem, um ser condicionado,
por que em faltando a clorofila, certo, falta a vida,
emudeceram, ou como a mata, estão queimados.
Onde se encontra aqueles gestos dos insatisfeitos,
procuro por aqueles que diziam dar a vida, toda,
pra não perderem de diante dos olhos a perfeita,
convivência entre homens, matas, bichos, flores.
Ando e não acho um que seja, assim gladiador,
capaz de ter à sua mão, todos os devastadores,
e não encontro cruz na estrada, que me diga,
deles morreram, por isso se aplacou o furor.
Não me convenço em ver toda a natureza, só,
abandonada como latas velhas no barreiro,
não me contento com a malicia dos grileiros,
enfim sou convicto do que vale esta beleza.
naeno:201006
Um comentário:
Perdoa, não comento.
Há leituras que Merecem silêncio.
Esta é uma. Obrigado.
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