sexta-feira, outubro 27, 2006


















SILÊNCIO AGRÁRIO

Ouves o meu silêncio velado,
guardado para os mometos de extrema euforia,
tempo em que o amor falaria,
e só tua voz ouviria,
como faço em rogos,
diante da Virgem Maria.

Ouves o meu silêncio, turbulento,
de uma alma que não se assenta,
não tem tempo para o descanço, a paz.
E que por pretensão, de te tirar,
uma palavra boa, uma promessa à toa,
reza e chora, mas não quer falar.

Diz-me se o meu silêncio incomoda,
que por mais que a ti eu adore,
vou obstar minha boca e os gestos,
de forma que não ouvirás de mim,
enquanto tudo um desencontro,
entre eu, Tu, e as pretenções de mim.

Enquanto for este silêncio indesejável,
um tempo providencial, a mim,
não falarei, nem ouvirei barbáries,
que estar assim, mudo prá tudo,
é uma entrada que se abre em mim,
não pela boca ardilosa, mas pela alma,
sala clara ventilada, onde fico parado,
certo que não há, em nenhum canto, pó
.
naeno:271006

Um comentário:

Anônimo disse...

Pode parar meu sr.. seu blog é lindo demais e ixala poesia isso é tdo de bom viu?
Um otimo final de semana.
Posso linkar vc junto nos lionks de meus amigos vou adorar tê-lo por la.
bjs

TERESINA

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