terça-feira, outubro 31, 2006
NAO SEI
NÃO SEI
Eu sou assim, por demasia, insistente,
da vida o que mais aduba as sementes,
o que mais se dá comovente,
em prol das causas urgentes.
Eu sou no fim, o que vai restar brotando,
o que vai ter, se sobrando,
uma sombra pra desfiar meu canto,
um lugar pra continuar morando.
Eu fui no começo, a estória que não conto,
um estrupício um desabono,
à sorte de mim, um abandono,
pra quem já foi da sorte dono.
Entrego ao próximo a sobra,
meu elmo e minhas espadas,
um coração que ainda sopra,
nas encruzilhadas da estrada.
Eu era, mas não saberei se sou,
se fui, naveguei em águas corredias,
que nem vi que se passaram dias,
que escaparam anos, que pouco passou.
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TERESINA
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