segunda-feira, outubro 30, 2006
PORTINARI
PORTINARI
São meninos que pairam sós,
entre o gramado e o denso sol,
são rubros lábios, carmins,
são armaduras, manequins.
E na espera, a fila extensa,
vultos de quase gentes,
de olhos seguindo os passos,
aonde se anda se vê,
é um mutirão do mundo
aonde se ver:
Acorrentados escravos, já idos,
tempos de longe, passados,
também tão bem retratados,
na lince, espada do poeta,
criador de gentes, arquiteto,
do inimaginável mundo vão.
São loiras, morenas, de pernas,
cobertas, ao prazer, mostradas,
caras de pingos, pingadas,
a arte, a verve, um do outro
se serve. Ao escultor, tradutor,
criador, lapidador, caçador,
de enfeites, de nuances,
para seus transes, que é
de onde tudo vem, procede,
a vida e a agonia do criador.
naenorocha
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TERESINA
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