DO MEU JEITO

Amo-te tão intensamente,
que às vezes penso, sou gente,
digno de um amor igual.

Amo-te de forma tão inconseqüente
que me arrisco em meio às brasas
desses roçados recém queimados,
buscando-te pelos sonhos,
pela vida a quem me oponho,
por parecer indiferente,
ao meu sentimento, e julgar,
que, ao de todos se parece,
sem saber ela, se esquece,
que de mim, tudo leguei,
a esse amor que busquei,
e por preces a Deus roguei:
Faz com que ela me ame,
com a mesma intensidade minha.

Não quero nem mais nem menos,
do tanto do amor que sinto.

Amo-te com a independência,
que para mim o mundo não conta nada,
e tempo não me diz nada,
e próprio amor, já em mim guardado,
também se dá por contido,
nem cala nem fala comigo,
e de forma comedida,
aceita a forma, a intensidade,
e a mim tem passa o direito,
de te amar do meu próprio jeito.
naeno:201006