domingo, outubro 22, 2006
SERRA ARRIBA
Tudo o que foi possível alguém fazer, fiz,
com o capricho do ofício, duro de viver,
morrer, matar é dado a todos quantos,
não sabem que a vida tem de bom, em si.
Silêncios de fim de tardes frias de verão,
amores que um pouco mais tarde nos chamam
com o coração, pleno de amor, e amor é vida,
amar e viver mais acelerado, alterado,
com as veias carregando mais, com o coraação
batendo mais, com a cabeça pensando mais,
com a barriga triscando mais, com as mãos
segurando mais, com a boca comendo mais,
com os olhos fechados, mas atentos mais.
Viver é batida do mesmo impacto, mexendo,
ardendo, doendo, amargando, ruminando,
indo, voltando, parado deficiente, se movimentando,
cuspindo, beijando, entendendo, maldando.
Como a locomotiva com a carga já toda encima,
deslizado serra abaixo. É necessário o freio,
sua auto-censura, é necessário a mão maquinista,
sua pulsação, é necessária a fumaça, sem
frustração, é necessária a lenha, comida que se come
e verte-se em força em garra, em ânimo para puxar,
às vezes serra arriba, às vezes serra abaixo, a vida.
Naeno:221006
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TERESINA
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