terça-feira, outubro 31, 2006

SOLTO

















Ando à procura de mim
por onde estive e onde passe,
quase não durmo nem sonho,
prá que não mais me embarace.

São tantos os labirintos
em cada qual mais ciladas,
que se um delise cometa,
por certo, nunca eu achava.

Ando querendo saber
o rumo que por agora vou
que a noite já se aproxima,
em qual distância me achou.

Ando sozinho esta noite
tomando o rumo dos ventos
e pelos gestos que faço,
procuro o meu pensamento.

Que ficou nos olhos
daquele amor sozinho,
que agora vara a noite,
como eu, sem destino.

Quando o amor move um corpo
não mostra qualquer direção,
porém não deixa que se afaste,
dos rastros do coração.

Como a fumaça solta,
de trajeto involuntário,
eu vou tomando distância,
da boca que não me atrai.

Um comentário:

Anônimo disse...

Naeno, os teus poemas me deliciam, aqui do Rio, sem ter um blog, perguntei a uma amiga e ela me deu a dica de como fazer um comentário e eu fiz, lindo, lindo, lindo.
Emocionei-me.

sou Neide Távora

Um beijo

TERESINA

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