sexta-feira, outubro 27, 2006
ALUCINADO
Continuo tal como fui e sou, o mesmo louco de sempre,
com papel e lápis, indo e voltando, saudável, um ente,
queu largou sua vida, buscando outra que tem ausente,
que renegou todos seus planos, enterandos solenemente.
Sou o mesmo de toda a minha idade e para frente, sou,
o que busca estrelas, luas, auroras, orvalhos, sertões,
que não quieta diante da busca que prossegue em vão,
e vou todas as vezes que tenho de alguém uma direção.
Se queres saber de mim, pergunta, atenta ao feija-lor,
que fala a minha língua e gestos, aprendiz do sonhador.
Pergunta a uma rosa, sem tirá-la da roseira, isto é amor?
e ela muito fiel, sabendo que a mim é cruel, te dirá: é dor,
ou te dirá, como uma planta faladeira, é dor, e é amor.
Quando quizeres buscar a mim nos manicômios do mundo,
pergunta logo ao luar, o lugar, onde eu fico, me encontro,
e ele te responderá, com o olhar delatador, é dele o mundo,
o que falta a ele, dono de todos as certeza: amor, um sonho.
naeno:271006
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TERESINA
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