sábado, outubro 28, 2006
CARDÃO
A minha vontade neste momento,
Era estar montado no meu cavalo
Cardão, passando por sobre um lajedo,
Ele com ferraduras nos pés,
Fazendo aquele barulho, trotado,
E de repente, no espanto,
Fugir do caminho bitolado,
E subir velozmente,
A uma beirada mais allto,
Verdejante, da estrada.
Com as orelhas murchas de espanto,
Parar, depois descer calmamente,
Como me segurando em se dorso,
Protegendo-me da queda em osso.
Saudades... São só saudades em mim,
Até do que vem pela frente, o destino,
Já sinto saudades.
Saudades do brilho de sua crina,
Por onde, em gestos de gradidão
Carinho, eu escorria os meus dedos,
Retirando espinhos que ele trazia
Dos baixões fechados.
Catava um por um, garranchos,
Carrapatos, até deixá-la
Limpa e brilhosa, como uma manhã.
Meu cavalo branco e preto,
Cardão, eu não te esqueço,
Fazes parte do meu passado,
Que bom ou ruim, hoje é passado.
naeno:281006
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TERESINA
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