quinta-feira, dezembro 07, 2006


AO FADO

O fado é um canto que da alma
É letra e música. É um silêncio,
Uma vertente que não se ilude,
Com os novos nascedouros,
De cujas águas, se vestirá, para o encontro,
Tão preparado. Um fado sempre foi a voz
De quem chorou. E cantando ouviu que repetiu,
Alguma flor, perdida num jardim,
Embrulhada de um cetim,
Que ao sol doía os olhos, mas a melodia,
Encantava, e todos recorriam pra lá,
Pra o encanto, sim, da rosa e do seu cantar.
Que música é essa que vem dar-nos tão depressa,
Saudades já bem recoberta pelo tempo,
Que som que soa como uma palavra boa,
Que sentimento envolve a rosa que se arrebenta,
Como uma mulher, refeita, depois do parto,
É assim o amor, a suave veste, de um fado.
Fado que se não entra na alma, dela sai,
Fado que se não sai da alma nela entra,
E se conduz aos nosso mais profundos,
Deus, o que nos destes, nem promessas
A Vós fizemos, a merecer saber tua Voz.

naenorocha

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TERESINA

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