segunda-feira, dezembro 25, 2006


ESCOLHIA

A lua quando recai sobre a relva.
Eu sempre fico com os olhos nela,
apesar de clarear o dia hoje,
me leva ao passado,
e eu não me vejo,
só me sinto menino.
Moleque de calças curtas,
dando voltas no mundo,
sonhando, sonhando, seguindo
aonde a cabeça cheia de tudo
me levava a ver e a querer o mundo.
Sonho como homem de agora,
e o menino sente, que fez mal negócio,
sonho no homem do meio,
e o menino sente já algum aperreio,
E vislumbrava e via tudo através
da mesma lua de agora,
a lua que clareia a hora,
e vê que meus olhos choram,
e nem por isso, leva o meino embora,
deixa-o solto à deriva, sobre a relva, iluminado,
e ele sempre, alucinado,
com encantos, das copas das árvores,
de um cavalo feito de talo de buriti.
E o adulto chora, e a criança ri.
Bem que podieis ser escolha,
um livre arbitrio, que Deus não nos concedeu,
crescer ou continuar, assim, menino solto,
a deixar de ser um adulto
infeliz, encarcerado.
naenorocha

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TERESINA

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