segunda-feira, dezembro 18, 2006



REFLEXOS

Quando não se pensa em nada,
Há um mundo repleto de coisas ao nosso redor.
Mas quais os elementos que compõem o mundo?
Quase sempre eu não sei dizer o que pendo do mundo.
E se eu estivesse acometido de um devaneio,

Uma doença dos sentidos, pensaria assim.
O que penso das outras tantas coisas que estão aqui.
O que eu saberia dizer disto, dos efeitos e de suas razões.
Quando falo em Deus, saberei a quem me refiro,
E a alma, esta volátil, dela o que dizer, objetivar?
Penso na criação do mundo, em quem o fez,
E pensarei coerente, caso visse tudo à mostra?
Não saberia dizer a ninguém,
Embora isso me interessse
Mas não fizesse sentido aos outros
Que também devem ter suas deduções alucinadas.
Pensar em tudo isso é sonhar acordado, de olhos fechados,
E deixar de pensar é impossibilitar aos olhos qualquer dedução
À minha cabeça, que inquieta insiste,
Às vezes acertando às vezes errando.
O mistério das coisas é o mesmo que reside em nós,
E as coisas também pouco sabem a nosso respeito.
O que seremos para as coisas, com as quais nos confrontamos,
Podem elas ter um juízo acertado ou malogrado de nós.
Quem está na noite e fecha os olhos em nada muda,
E quem vai ao sol e fecha olhos, perde-se dele falar.
É como se estar na noite, de olhos vendados; não se pensa nada.
Porque nada se vê e nada se tem para avistar.
Por que uma rosa orvalhada, vale mais que o que pensamos dela
Se quando nela nos abstraímos, a vemos inteira, como é?
Assim por mais que sejam insistentes os poetas,
Ou os obcecadas pelos mistérios que se encerram nas coisas,
Às vezes desatinam em suas conclusões e transmitem
A outros que sequer contemplaram tais matérias,
Ficam com esta crença, a deturpada noção
Do mundo, e de tudo o que ele abriga harmoniosamente
.

naenorocha

Um comentário:

Anônimo disse...

Nobre poeta Naeno que você tenha um otimo natal e um feliz ano novo.

TERESINA

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