domingo, outubro 22, 2006



ACORDA

Como se faz, quando se ama, e se clama,
E se grita e se agita, e se inquieta, e berra,
Como um cabrito novo, e só ouve do amor,
Roncos dele dormindo. A gente desmilinguindo,
Se acabando, tudo mandando, flores,
Castiçais, renda bordada, e ele calado,
Dormitando qual urso hiberna no inverno.
Como se faz o que se quer fazer, algo inverso,
Ao que se tem, ao que já aprendeu fazer.
A novidade é sempre o amor, mas ele quieta,
Não se arremete, como nós precipitados,
Loucos por seus encantos, planejamos
O quanto vamos ser felizes. E ele cochila,
Amor, por teu amor, te daí a mim,
Que nesse instante, um motivante à minha vida,
Seria e somente é, a verdadeira palavra, quero.
Dessa mulher que descobri agora a pouco,
Não faz um nicho no enorme tempo,
Não faz um ai no quieto silêncio, ela,
A quem já amo por ser volátil, e vir aqui,
Numa corrente de ar, que varre o mundo,
E passa bem na frente do terreiro de sua casa.
A corda amor, ajuda-me, há um frenesi,
Uma coceira atrás da orelha, que o mundo
Pode ruir, e se for verdadeiro os prenúncios
Dos feiticeiros? Seguirei eu e minha cachorra,
Sem um amor que por mim morra, e só, eu,
Morrerei por todos, por nenhum, não tive.

naeno:231006

2 comentários:

Bebel disse...

Um vez voce colocu um comentario la no meu blog que dizia
"Queria comentar sobre a falta que vocês fazem em nós"

Queria que voce lesse o meu post de hoje. Ele é dedicado a voce.
Um beijo e obrigada,
Bebel

Anônimo disse...

Oi, já fiz a divulgação do teu blog, veja se gostou. abraços

TERESINA

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