sábado, outubro 07, 2006




















AFOGADA

Andar à noite sem se saber prá onde,
tendo-se à frente, que não se apagam,
estrelas brincando de esconde esconde,
a clareza é intensa, luz que não acaba.

Seguir, assim, vário, sem pensar chegar,
mas que se chegar, será noutra parada,
não da que saí, furtivamente, a andar,
buscando o sal, a luz, ver, me acalmar.

Continuar até onde chegar àquela luz,
refletida em meus olhos, como o luar,
e fico atordoado por algum que induz
o meu sentido torto, prá nenhum lugar.

Perdido da volta, vou sempre à frente,
dos meus devaneios, medos, no olhar,
ainda resistente, ando, agora reticente
mirando o chão, o lago, o ceu se afogar.
naeno:071006

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TERESINA

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