ARIDEZSobre a aterra árida
despejei meu pranto,
num desejo abjeto,
contra a razão do mundo,
não é tempo de plantio,
e mesmo que fosse
seria a morte, nascida.
Não é tempo de pensar, colher,
tempo de nascer,
o que não se regou,
com os olhos de nuvens,
o que não se molhou,
com os olhos embassados,
e só existem covas,
abertas, pra fechar.
naeno:071006
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