domingo, outubro 01, 2006
ARROUBOS
Essa mulher que se arremessa em meus braços, lúbrica,
quer de mim, que a ela me entregues também.
Mas, como já sofri muito, muito, de enlouquer,
desconfio por seus gestos, só existem restos,
e, com o tempo, eu vou ser, escravisado, e querer,
e ela enfim, sairá dos meus braços por dentro,
como uma flor, um rebento, que não pode vingar.
Essa mulher que se lança, como um raio na terra,
rumo ao meu corpo, vai ao mesmo topo, aonde eu parar.
Porque de amor, eu já me saceiei, nem sei, repetirei,
as loucuras que fiz. Fui prá algumas voluntários,
prá outra fui um armário de aclumar ilusões.
Essas mulheres desejosas, também são desejadas,
mas com os dias se vê. São apenas arremessos,
e mal saem do cmeço, já batem azas, e se alçam.
Essas mulheres ofegantes, feitas dos enganos,
que a gente se acomete. E se nos declinam tanto,
no começo, e quando é hora de ficar, nos largamos.
E eu por saber, já ser louco, por instintos, arroubos,
em algumas acreditei. Mas a mim mesmo eu imploro,
Naeno, ignora o que tão fácil vem, vem também,
apregados, marcas de amores largados, e você é bobo.
naeno:011006
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TERESINA
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