segunda-feira, outubro 02, 2006











À EXAUSTÃO

Cansei de dar socos no vento e resvalar no meu rosto.
Da dormência dos homens, sempre tão indiferentes,
Ao que na maioria dói, de maneira profunda, oposto,
Do que a eles cabe: um gozo vertiginoso, atraente.
Cansei de abrir meus olhos, e observar profundo,
Quando já à superfície, se escandalizam, emerge,
Do fundo, do raso, da superfície mostrada, nada,
Cansado, também, dos sonhos, sem que exagere.
O meu veredicto, como relação a tudo, a falta.
Farto, das blasfêmias cometidas por gente inapta,
Que fazem das festas, dos expositores, alvos,
Para seus olhos rasos, que não questionam sequer,
A razão de tantos terem em absoluto nenhum,
E tantos tão abastados, e requerem, mais se quer.
Por isso cansado, até do próprio mundo, soltaria,
Por esse minuto um não tão rotundo, e escutaria,
De mim, só de mim, talvez o eco de minha voz.
E nada mais aconteceria, só mais exausto ficaria.
naeno:021006

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TERESINA

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