segunda-feira, outubro 30, 2006
FESTA
FESTA
Para a festa de minha tristeza
te convidei.
E te vi chegar à frente de todos,
elegante no seu vestir, e bela..
Inebriado, louco, apaixonado,
Eu quis chorar.
Mas não convinha, a hora,
eu tinha,
por puro esforço me controlar.
A festa não era só minha,
era dela também, da tristeza,
que pernaneceu encabulada
pela tua chegada,
deu-me a bater com os olhos.
olhos de procura, de descrença,
de desavença pro final.
Mas só a ti eu queria olhar,
não me cansava de ver
a vermelhidão dos teus lábios,
o aceso intenso do teu olhar.
E me dava a ficava triste e alegre,
eu ainda te amava,
no teu decote confinava meus olhos,
olhos de lince esfomeado.
Foi na festa da tristeza,
que meu coração,
por rever a beleza, se separou.
naenorocha
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TERESINA
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4 comentários:
É Naeno, na beleza que se afigura no instante, na perda e no ter, é no estado natural de incerteza que nos afigura o dia. O amanhã só Deus sabe. Mas, acima de tudo, como diz Guimarães: precisa ter coragem! :D
beijos,
Eu ando tão emotiva com certas chegadas em festas... que me emocionei aqui.
Um beijo.
Naeno,
Seu poema... belíssimo e de grande
sensibilidade!......
Voltarei quando possível
para LER, com Tempo, seus poemas.
Beleza de fotos!
Seja Bem-Vindo
SAUDAÇÕES
Olá Naeno...
Depois da sua "carta comentário" fiquei curiosa em conhecê-lo; parece que você gosta de analisar as pessoas ou melhor os textos que elas escrevem... Gostei do "compulsiva", mas naquele texto não fui compulsiva como dissestes... Quanto ao Maneco, acho que a questão do ibop são "ossos do ofício", não concordo que seus personagens são criados exclusivamente para angariar pontos globais.
Prazer em lê-lo.
Macabéa
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