GARGAREJOPor baixo do organdi armado
da saia da bailarina, sonhos se agitam.
A cada rodopio aplaudem, enlouquecidos,
uns à garça postada, outros a sua calcinha.
Alguns, de longe, metrificam, miram,
e com suas câmeras olympicus,
lançam flashs de amor, ai de mim.
Eu costumo ir aos concertos,
antes do seu começo e fico esperando,
eu sei que no seu arpejo,
de ave, rente ao céu voando.
A bailarina não deixa, alguém
bem de pertinho olhando.
mas eu mesmo disposto ao despejo,
me abstraio no gargarejo,
acima mirando, sonhando.
Naeno:221006
Um comentário:
Oi, Naeno! Andei lendo seus poemas e adorei! Obrigada por sua visita!
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