terça-feira, outubro 31, 2006
SOBROSSO
Um vento impetuoso inclina o cipreste até ao chão,
e as roseiras desprotegidas, ficam de sobressalto
por que agora tudo parece ter azas,
voam desgovernados em qualquer direção.
As árvores mais antigas, de caules grossos,
resistem ao impacto violento e se demoram,
mais cada uma por sua vez, pendam em sobrosso;
daí a quase nada, tudo rui, se descoloram.
Copas triangulares de jamboeiros rolam no chão,
a graciosa camélia, protege-se agarrando a mão,
da planta mais pequenina e fazem um cordão,
como meninos brincando de roda no terreirão.
Depois de tudo derrubado, prossegue o vento agora,
ali não era seu alvo, a mira dele é mais fora,
e eu tenho dó do seu destino, não o dele, desaforo,
mas o de outras árvores, que ainda resta da flora.
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TERESINA
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Um comentário:
Naeno,
parabens pelos poemas. O amor às vezes é tempestuoso como citastes em teus versos.
Um enorme beijo
Marta, tua irmã
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