domingo, dezembro 03, 2006


CAOS

No princípio tudo era treva e harmonia
E os espíritos andavam livres e dispersos
Em plena luz do dia, e ninguém se via
E era isento o pecado da carne, inverso

Ainda, diante da contemplação do nada
E quase tudo era sereno, mas a noite eterna,
Tornara-se um incômodo, a eles não bastava
Mais o sentimento virtual, ponderação, abstrato.

E ansiaram a luz, como o turvo, cobrindo a amplidão,
E com ele as reais paisagens, a visão da carne,
A isso chamou-se caos, a confusão pela visão
Pelo oculto, que sabiam, ser de outra verdade,

Que poderiam escolher ou não, mas ficar à vista,
Tudo o que havia de bonito, por dedução apenas
Ainda não se sabia: o mundo era grande ou pequeno
Mas sabiam que sem a luz, não podiam ler uma revista
.
naenorocha

Um comentário:

Bruna Pereira Ferreira disse...

Como podes chamar "Caos" a algo tão melodioso para os olhos?

:)

TERESINA

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