sábado, dezembro 02, 2006


CARETA

É preciso vermos além dos olhos
Pra que as retinas se cubram de nova luz,
E ilumine caminhos já tão atrapalhados,
Que convergem para o mesmo ponto,
Levando o coração a sentir sem precisão
O que ocasionalmente ao olhar engana.
Como as paisagens que sob essa claridade,
Não emergem, a que se possa ver e distinguir,
Um tempo do outro, um ente do outro,
A prata do ouro, a vertigem da queda,
Que no fim aquieta o corpo no chão.
É preciso dar descanso aos olhos,
Não com cobertura direcionada à frente,
Assim não podemos perguntar o rumo,
Nem sabermos dele, que estamos ausentes.
E seremos como bois pegos na caatinga,
E não gente que anda e sabe onde pisa,
E pisa e sabe aonde, o rumo, o lastro,
A hora precisa da chegada
.
naenorocha

Um comentário:

Anônimo disse...

MUITO BOM!

TERESINA

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