quarta-feira, dezembro 06, 2006


DESEMBATE

Poucas coisas podem me deter
Diante da fúria extrema quando se apodera de mim,
Um beijo, um carinho manso,
Coisas que o meu adverso nem pode ver.
As minhas lutas são por razões visíveis,
E quando vejo não poder ganhar, me valho da
Estratégia que o embate permite...
Me acomodo no fundo do tatame
Esperando o dia como quem espera o gongo.
E neste intervalo que me dou, pequeno, espero
O meu adversário, cheio de marcas
A arrancar suas penas, como um pássaro
Em tempo de muda,
Que sente dores, sofre e se protege recluso,
Por entre locas de árvores velhas,
De tal forma guarnecido, que nem o vento,
Por branda que seja a brisa, toca seu corpo,
Por que lhe sente como encostar-se
Em agulhas pontiagudas de extremo quente.
Mas algumas coisas me fazem recuar, parar de vez,
E são segredos não reveláveis, e disso pouca gente sabe,
Sabe o meu amor, cuja boca, quando se me encosta,
Finda-se a fúria, o monstro se vai,
E fica o homem cheio de piedade e dó.
Incapaz de levantar um dedo, a tocar alguém
No intuito de ferir, marcar, maltratar.
Para que meu corpo fuja à luta,
Basta a astúcia de um carinho bom
.
naenorocha

2 comentários:

Anônimo disse...

Naeno,volte quando quiser ao meu site. Estou te linkando, e se você puder faça também. Ofereço o meu award, pega lá. Tchau!

Anônimo disse...

Naeno, Poeta, gostei da delicadeza desses versos de amor.
Há música neles que nos embala docemente. Lindo!

beijos
P.S. Coloque seu link lá no Falares.

TERESINA

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