sábado, dezembro 23, 2006

DIVAGAÇÕES

Todos os meus poemas são repetidos,
e cada um é diferente do outro,
porque de cada coisa que falo
repito apenas a palvra que o identifica igual,
depois recaio como o olhar buliçoso,
a descobrir minúncias, coisas que sempre
uma palavra diz e a outra silencia.
Às vezes mais disperso, fico a tangenciar a palvra,
ás vezes imerso busco o que de profundo
consigo tirar do mesmo sinônimo.
Assim quando falo de amor, se estou a amar,
calo mais no peito do que externo,
por pensar no amor paupável, o meu amor.
Quando não estou envolvido com o amor,
fico a diligenciar caminhos, vertentes,
posições e gestos que um amor faria,
que pode ser comigo, sem interesse agora,
ou com qualquer outro que sinta a esta hora
os sintomas visíveis de quem está entregue,
às teias deste sentimento, que chamam amor.
Me expresso diferente ao falar de uma coisa
muitas vezes identicas, iguais,
e confundo e me alucino, quando me expresso,
como já tanto falei, o amor: que é um sentimento
e o amor que é uma coisa.
naenorocha

Um comentário:

Naeno disse...

O amor, termina por ser algo, uma coisa que tem ou não tem, se pega e ver. E o amor acaba por ser apenas um sentimento com reações danosas ao coração, por onde é filtrado e volta impactante.

Naeno

TERESINA

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