terça-feira, dezembro 19, 2006


OCASO

A enferma continua a acabar... No supremo estertor
De um gigante ferido, o sol deixa escorrer,
Perlas dobras do ocaso, o sangue a ferver,
Jorro do peito hercúleo, em trágico esplendor.

Desce a angústia da tarde, em sombras, a tecer
Fina trama onde a luz é de indecisa cor...
E esse dia, ao findar, no esplêndido fulgor,
Lembra a glória de um sonho, a sorrir e morrer...

A tela vai mudando. O quadro iluminando
Torna-se escuro agora... Um roxo carregado
Sobre o vivo matiz a se espalhar...

A noite vai cair... Das alturas da terra
Manda o sol que agoniza, á alma triste da terra
O seu último adeu e o derradeiro olhar.

naenorocha

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo meu irm�o. Que Deus te conseve assim, como te conhe�o de muito tempo. Sempre am�vel, carinhoso e temente a Deus.

Ducarmo Rocha

TERESINA

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