quarta-feira, outubro 11, 2006
DESVANECIDO
Quando do silêncio, se notar ausência,
quando as horas passarem arrastadas,
quando o espaço entre amar e carência
diminuirem, a nos deixar descontetados,
há sinais de verão tardio e duradouro,
sinais de chuvas prá fora do seu tempo,
vestígios de ausência, e se ficar saudoso.
Cuidemos, o tempo urde, é como vento.
Quando do teu leito pensares nas flores,
cuidas da flor, que do teu lado dorme,
da mais pura água, a reaver os odores.
Que se diminuiam à proporção da noite,
que se vão, voláteis, e vai também o amor,
que só num descaso, num cochilo, já foi.
naeno:111006
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TERESINA
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