AMOR
Amor, fala-me de tua boca: o amor que dizes ter
Por mim, é da mesma intensidade, nem menos nem mais,
Que o meu que se revelou primeiro e contigo fui ter,
Porque meu medo é que eu não fosse ainda estas atras.
Que este amor, que também juras pior mim sentir,
Será capaz de agora mesmo sair e ir buscar,
E ir catar alguma estrela, a que eu mais preferir,
E me entregar, como se dá uma flor, e me beijar.
Me assegura, porque depois de tanto andar,
Procurar, agora que achei, fiquei inseguro
Se tu também te lançarias sair a procurar
Um amor como o meu, só por verdade, pura.
Me diz se o que me moveu o tempo todo,
Esta ilusão-verdade, sentes e já te acomodas
Bem sob os meus lençóis, me amas a teu modo,
Que eu desejaria fosse como o meu se mostra.
naenorocha
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