segunda-feira, novembro 13, 2006


NU

Belo o teu corpo absoluto, nu.
O que não te mostras, como despida,
Vê-se desta forma a beleza mais nítida,
A cor do teu olhar, de extremo azul.
Linda quando andas displicente,
Sem nem perceber que do teu redor,
Choram por ti, clamam comoventes,
Todos os olhos cheios deste pó.
Um alucinante vestígio que escapa,
Como uma réstia de luz no telhado,
És assim, a gota, o tudo que faltava,
A transbordar as taças dos embriagados.
Belo este teu corpo sólido, imenso,
Em consistência e beleza cândida,
Que nem a lua num fogaréu de incensos,
Se tem mostrada, com o apelo lânguida,
Fosse eu teu um protetor de luz,
Me postava em riste, em tuas posições,
Sombreando a pele, que a mim seduz,
E te revelando tudo, todas as emoções.

naenorocha

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TERESINA

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