quarta-feira, novembro 29, 2006
SONHO
Às vezes basta abrir os braços num gesto estreito,
E já sinto trazendo a mim a natureza inteira
E o seu cheiro e tudo que é saudade verdadeira,
Trago ao meu colo, e envolvo dela, a campineira.
Porque tudo que é sonho que pernoitei na vida,
Foi bem do seu lado, dormindo ali comigo,
E nunca o seu cheiro mudou, nem o acolhimento amigo,
Da natureza, tudo o que diz seu nome é meu abrigo.
Quem com a meninice convivida com capins e tempos,
Um dia se esquece do balançar da touceira de capim,
Qual os cabelos de uma mulher exposta ao vento
E não se chora ou se consola, por trazê-la no pensamento?
naenorocha
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TERESINA
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