quinta-feira, novembro 23, 2006



MUDANÇA

Como um vasto campo, nesta estação, sem nada
Assim meus olhos surpresos vêem agora,
A campina que nas primaveras de outrora,
Refletia o melhor da vida, as flores, alagadas.

E o que terá havido que o tempo não conta,
A vez de outras campinhas de outros lugares,
Verdejarem enquanto a essa se desmonta,
Pra virar um deserto onde só se ver barro.

Permutam as estações, umas suaves, outras não
Umas que trazem alegria e festa, outras estéreis
Uma que se enchem de flores, como era a vez desta.
Mas em se perpetuar assim, esta, a vida muda a razão.

Ah, primaveras de outros tempos, e que ninguém tocou
Quem se atreveria sequer pensar, mudar, o absoluto,
O tempo que tão astuto, faz de si o que se notou,

A forma, o jeito, como ele faz, isso nunca se revelou.
naenorocha

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TERESINA

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