quinta-feira, novembro 23, 2006


AMOR NOTURNO

Há um amor que não me deixa,
Que nem sonhe mais com outra coisa,
Que habita todo o meu ser
E eu não queria outra escolha.
Se é dele que eu gosto,
E me dou a pensar nele, tempo inteiro
E ele assim se alastrou,
Como um rio que sobe
Por sobre os lajedos.
Ai esse amor não tem nome,
Por que amor o seu nome não é,
Por enquanto o chamo vulto,
Encarnação de uma mulher,
Que nas noites mais frias,
Comigo se deita e aquece a minh’alma,
E nas noites tão quentes,
Ela dá-se em cuidados,
E procura um ventilado,
Um orifício qualquer, por onde o vento entre.
Ai, esse amor viciou-se
E todas as noites os espero,
Como espero cauteloso, a vinda da primavera,
Porque ele traz flores, adornos, e beijos,
Esse amor que me beija,
A minha vida fareja,

E eu me entrego, caça.
naenorocha

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TERESINA

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