sexta-feira, novembro 24, 2006


NÃO, SÓ

Não me dou com os coitados fracassados,
Que fazem da vida o que os nocauteou,
Não me prendo aos que falam de si,
Por que pobre de mim, quando ficam sós.
Não brigo por palavras que nunca foram ditas,
Fica a encargo da consciência de quem julga
Novo o tempo, que já se apodrece e rui,
E a esse inválido atribuem seus reveses.
Não sinto a menor afinidade com o começo,
Se é pro fim que caminhamos soltos, ermos,
Se no final as contas apresentarão resultados,
Manipulados por quem se diz criador.
Não ando como quem por tudo chora,
Nem gosto da companhia daqueles,
Que por tudo riem frouxamente,
A esses sou um bárbaro inclemente,
E pela minha sentença, quando anuncio,
Se tremem e se entregam, como mentirosos.
O mal que faz a dor é doer,
O o sacrifício do menino crescer,
E o ventre não suportar e se derramar,
Surgindo um novo ser medroso, mentiroso.
naenorocha

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TERESINA

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