terça-feira, novembro 21, 2006

DIVAGAÇÕES

A vida não é só o que fala não,
ela vai além de onde corre a mão,
a vida é um rio aberto, é um delta
a percorrer todos os veios do coração.
A vida é uma corrente de ar,
que se atormenta, a tempestade,
a correr solta pelos alveolos do pulmão.
E a vida não é só isso não,
a vida é quem conduz a mão,
a triscar, reticente, o medo sente,
de ferir voluntário, a própria razão.
A vida não é tão simples não,
ela plaina quem nem avião,
e dista aos nossos olhos, num instante,
que se tira de sobre ela a atenção.
E tantos cuidados são,
que ela requer e boa direção,
bem mais que aptidão para o volante,
a vida eixige, ao frrear, ao estacionar,
muita prudência e precisão.
A vida é como dizem não,
a vida nunca morre não,
a vida nem sequer os olhos fecha,
e sai de um claro para um clarão.
E a vida nunca se ausenta não,
a vida não te deixa de mão,
quanto mais vazio, a gente se sente,
mais ela pulsa renitente,
e bate o martelo, e conta muito,
até que se comece o leilão.
naenorocha

Um comentário:

João JR disse...

Este então é... bárbaro de belo e tão verdadeiro:)!
Adoro os teus poemas!

TERESINA

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